FRAME – Ver e Fazer Cinema Animação – é um projeto apoiado pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) para os anos de 2023, 2024, e 2025, e pela Fundação Manuel António da Mota (FMAM), que congrega várias áreas do Serviço Educativo do CINANIMA, e que se divide em dois grandes eixos, um dedicado a Ver Cinema de Animação – que contempla iniciativas de exibição –, e outro a Fazer Cinema de Animação, integrando as atividades formativas.
No primeiro eixo destaca-se uma das atividades mais antigas do Festival CINANIMA: Escolas Vêm ao CINANIMA.
O segundo eixo é formado pelas iniciativas Crianças Prime1ro, as Oficinas ANIMA, e o Coletivo Anima, que, por sua vez, admite atividades formativas tais como as Conversas CINAnimadas. Para mais informações contacte-nos através do email [email protected]
O Coletivo ANIMA é composto por uma equipa multidisciplinar formada por especialistas de várias áreas do Cinema e das Artes, que colaboram no enriquecimento educativo, atribuindo diferentes perspetivas e uma maior profundidade ao cinema de animação. A equipa estende convites a realizadores, animadores, produtores, autores/ guionistas, cenógrafos, diretores de Festivais, entre outros para realizar sessões-debate nas escolas, dirigidas a professores e alunos do ensino secundário, sobre o cinema de animação, (filmes, produção, exercício da profissão, carreira profissional, entre outros).
No ano letivo de 2023, a primeira convidada foi a realizadora de cinema de animação Joana Nogueira.
No dia 16 de maio de 2023, a realizadora de cinema de animação Joana Nogueira apresentou, nas Conversas CINAnimadas, aos alunos do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida, o tema “Da escultura ao cinema de animação – Uma realidade enquanto artista visual”. A realizadora, nesta conversa informal, abordou o seu percurso profissional multifacetado enquanto artista visual, e que converge de um lugar-comum. Houve também espaço para a projeção de filmes, imagens de making of dos seus inúmeros trabalhos, e introdução a alguns materiais e objetos que fizeram parte dos filmes nos quais esteve envolvida.
Joana Nogueira é licenciada em Artes Plásticas (ESAD.CR, 2009) e Mestre em Ilustração e Animação (IPCA, 2016), sente dificuldade em definir aquilo que faz. Quer fazer tudo aquilo que não está a fazer e adormece a pensar “amanhã é que vai ser”. Faz rimas sem querer. Realizadora de cinema de animação, ceramista apaixonada, construtora de marionetes para stop-motion e colaboradora em criação artística para teatro de marionetas. Uma mão cheia de bonecos.
Paulo Fernandes é o coordenador do Serviço Educativo do CINANIMA. Em julho deste ano
(2023), a convite de Pedro Alves, docente e investigador na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa participou no ‘Encontro de Cinema e Educação’. Este encontro esteve inserido nas Jornadas de Cinema, Música e Educação (nos dias 13 e 14 de Julho de 2023), organizado pela Escola de Artes da Universidade Católica Portuguesa e pelo Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR), e teve como objetivo reunir docentes do ensino básico e secundário, para a reflexão e debate sobre os cruzamentos entre os 3 temas do evento.
No que diz respeito ao ‘Encontro de Cinema e Educação’, a literacia fílmica nas escolas foi o tema principal desse e foi através do Paulo Fernandes que foram apresentadas diversas atividades conduzidas pelo Serviço Educativo do CINANIMA, voltadas para jovens e escolas – como é exemplo o projeto FRAME – ver e fazer cinema, realizado com o apoio do ICA – Programa de Apoio à Formação de Públicos nas Escolas.
Na mesa redonda debateu-se também as metodologias de educação para o cinema, com a participação de Paulo Fernandes (CINANIMA), Carlos Viana (Associação Ao Norte), Irina Raimundo (Indie Júnior), Joana Canas Marques (Batalha Centro de Cinema) e Teresa Garcia (Associação Os Filhos de Lumière). Além disso, este encontro contou com a presença de figuras de relevo na educação cinematográfica em Portugal, trazendo a apresentação e discussão de projetos de literacia fílmica em curso, distribuídos por diferentes programas, instituições e festivais. Paulo Pires do Vale (Comissário do Plano Nacional das Artes) e Elsa Mendes (Coordenadora do Plano Nacional de Cinema) apresentaram políticas públicas na educação para as artes e o cinema. Foi ainda apresentado o Insert, através do coordenador Pedro Alves, com a participação em debate de Cristina Freitas (AE Canelas, Vila Nova de Gaia), Manuel Monteiro (AE À Beira Douro, Gondomar), Maria Antónia Brandão (AE D. Afonso Henriques, Vila das Aves), Maria do Carmo Fontes (AE Padrão da Légua, Matosinhos), Maria José Teixeira (AE Afonso Sanches, Vila do Conde).
Paulo Oliveira Fernandes (1979, Portugal). Mestre em ensino de Artes Visuais, professor do ensino básico e secundário, formador de professores e autor de manuais escolares. Ainda em criança, apaixonou-se pelo cinema de animação e mais tarde, já professor, descobriu o seu potencial didático. Desde 2001, orientou a realização de dezenas de filmes de animação em diversos contextos educativos.
Em 2010, integrou a Comissão Organizadora do CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho e atualmente coordena o projeto FRAME – Ver e fazer Cinema, cofinanciado pelo ICA – Instituto do Cinema de o Audiovisual através do Programa de apoio à formação de públicos nas escolas.
No que diz respeito ao ‘Encontro de Cinema e Educação’, a literacia fílmica nas escolas foi o tema principal desse e foi através do Paulo Fernandes que foram apresentadas diversas atividades conduzidas pelo Serviço Educativo do CINANIMA, voltadas para jovens e escolas – como é exemplo o projeto FRAME – ver e fazer cinema, realizado com o apoio do ICA – Programa de Apoio à Formação de Públicos nas Escolas.
Na mesa redonda debateu-se também as metodologias de educação para o cinema, com a participação de Paulo Fernandes (CINANIMA), Carlos Viana (Associação Ao Norte), Irina Raimundo (Indie Júnior), Joana Canas Marques (Batalha Centro de Cinema) e Teresa Garcia (Associação Os Filhos de Lumière). Além disso, este encontro contou com a presença de figuras de relevo na educação cinematográfica em Portugal, trazendo a apresentação e discussão de projetos de literacia fílmica em curso, distribuídos por diferentes programas, instituições e festivais. Paulo Pires do Vale (Comissário do Plano Nacional das Artes) e Elsa Mendes (Coordenadora do Plano Nacional de Cinema) apresentaram políticas públicas na educação para as artes e o cinema. Foi ainda apresentado o Insert, através do coordenador Pedro Alves, com a participação em debate de Cristina Freitas (AE Canelas, Vila Nova de Gaia), Manuel Monteiro (AE À Beira Douro, Gondomar), Maria Antónia Brandão (AE D. Afonso Henriques, Vila das Aves), Maria do Carmo Fontes (AE Padrão da Légua, Matosinhos), Maria José Teixeira (AE Afonso Sanches, Vila do Conde).
O Crianças Prime1rº é um programa da iniciativa do Serviço Educativo do CINANIMA, com o apoio da Direção Geral de Educação – Plano Nacional de Cinema. Esta iniciativa, criada em 2016 pelo Serviço Educativo do CINANIMA, é uma das atividades de maior relevância no domínio da educação, exatamente por promover uma formação cultural ativa.
Interrompida no ano letivo de 2019/2022 e retornando em força no ano letivo de 2022/23.
Com uma equipa de formadores e realizadores de cinema de animação, realiza filmes de cinema de animação nas escolas do Pré-Escolar (5 anos de idade) e 1º Ciclo. Esta iniciativa compreende todas as diferentes etapas e processos da produção de animação e por isso está estruturado com a metodologia de projeto e a didática da imagem animada.
O desenvolvimento de uma prática educativa através da metodologia de projeto significa a preocupação dos professores em construir aprendizagens significativas aos seus alunos. No campo da educação, a metodologia de projeto é normalmente entendida como a organização do processo de ensino e de aprendizagem, em torno de atividades práticas significantes.
O cinema de animação provoca consensualmente um fascínio e uma familiaridade sobre as crianças, remetendo-as para o mundo da magia, da imaginação e do brincar. Estabelece-se à partida uma ligação afetiva que facilita a sua atenção para os processos de ensino e de aprendizagem.
O objetivo é o de aproveitar estes estímulos, enquanto potencial educativo, para construir uma estratégia que consiga fomentar em cada aluno a capacidade para desenvolver aprendizagens dentro de um espaço motivador, participativo e colaborativo.
O cinema de animação tem uma linguagem própria, que é, ao mesmo tempo, estética, tecnológica, científica, histórica, narrativa, audiovisual, entre muitas outras. Trata-se, portanto, de uma linguagem multidisciplinar que atua nas fronteiras de várias áreas do saber e que no currículo escolar do 1º Ciclo do EB (e já também no Pré-escolar dos 5 anos de idade) se traduz na presença em Português, Matemática, Estudo do Meio e Expressões.
Neste sentido, a utilização de uma didática da animação de imagens promove uma melhor compreensão dos conteúdos escolares, a sua integração de forma ativa, significativa, diversificada, integrada e socializadora, resultando na obtenção de melhores resultados.
O trabalho com os alunos é organizado por quatro etapas:
*No final do ano letivo os filmes são enviados a concurso para mais de 20 Festivais Internacionais de Cinema de Animação.
Sessão de cinema de apresentação dos filmes produzidos na atividade Crianças Prime1ro
Estas sessões fecham o ciclo anual de cada programa Crianças Prime1ro oferecendo aos alunos, pais e outros familiares e professores coadjuvantes do projeto a possibilidade de ver os filmes que realizaram num grande ecrã de uma sala de cinema.
Como era a Escola Antes e Agora O Tomé e o Avô viajam pelas memórias do passado. Em conjunto, descobrem as diferenças entre a escola do Avô, antes da Revolução dos Cravos que destruiu o regime de ditadura em Portugal, e a escola do Tomé nos dias de hoje.
A Vida da Nossa Relvinhas Em memória da gatinha da escola, os alunos revivem momentos mágicos que passaram com ela, contando a história da vida da adorada Relvinhas.
Leonor Faria Henriques estudou Animação na Escola das Artes da Universidade Católica. Para além de animação também destaca trabalhos de ilustração, como com o livro infantil “E se tivesses asas para voar”, lançado em 2019. No ano seguinte, realizou a curta-metragem “Nada se Perde”. Em 2021, realizou a curta-metragem “Rua do Caneiro” e, em 2023, uma curta-metragem que serve como lançamento da ideia da série que tem vindo a desenvolver chamada “A Minha Casa tem Muitas Janelas”. Atualmente, faz parte do coletivo Piquenique na Lua, realiza workshops com crianças e trabalha como animadora freelancer.
Ema Lavrador é artista e investigadora. É mestre em Som e Imagem, com especialização em Animação por Computador, pela Escola das Artes da Universidade Católica. O seu documentário “Terra à Vista” (2021) ganhou um prémio Sophia Estudante e a sua animação “Néon” (2022) foi apresentada como instalação no festival CINANIMA. É também membro da organização do BEAST – International Film Festival e do coletivo de animação Piquenique na Lua.
Na Oficina ANIMA – Oficina de Animação do CINANIMA -, é trabalhada a técnica de Stop Motion, oferecendo assim uma breve contextualização da história do cinema de animação através da partilha de referências autorais de filmes e animadores de Pixilação. O principal objetivo é mostrar a possibilidade da utilização do próprio corpo enquanto marioneta, para criar uma pequena animação coletiva em turma, com o intuito de promover a produção autónoma e coletiva de filmes de animação.
Na Oficina ANIMA as imagens são captadas através de smartphones e/ou tablets (fixos a mesas por braços telescópicos articulados) e é utilizado um software livre para a produção de uma pequena animação. Serão ainda fornecidas ideias para desenvolver curtas de animação utilizando esta técnica.
No ano letivo de 2023/2023 estas oficinas são orientadas pelas formadores Carolina Bonzinho e Inês Costa.
*A técnica de Stop Motion é um método utilizado no Cinema de Animação para criar a ilusão de movimento através de uma captura sequencial de fotografias de objetos ou de personagens/bonecos modelados numa pequena escala. Quando as imagens são reproduzidas em sequência rápida, o efeito resultante é de um movimento suave e contínuo dos objetos ou personagens. Esse processo é semelhante ao da animação tradicional, mas em vez de desenhar quadro a quadro (frame a frame), é utilizada uma sequência de fotografias estáticas.
Carolina Bonzinho é uma artista visual que atua nas áreas da animação e design. Licenciou-se em Design de Comunicação na FBAUP, passando pelo programa Erasmus+ na MOME em Budapeste. Vive atualmente no Porto onde nos últimos anos tem trabalhado com o estúdio de animação BAP. Desde 2020 que tem contribuído com animação e pintura em vários filmes de realizadores premiados como Laura Gonçalves, Alexandra Ramires e Vitor Hugo Rocha. Um dos projetos que também se destaca neste período foi o design do livro “ELO”, em colaboração com a realizadora Alexandra Ramires e a autora Regina Guimarães. Trabalhou também com o BEAST International Film Festival, nas edições de 2021 e 2022, enquanto webdesigner e developer. Atualmente investe em projetos de sua autoria no âmbito da animação e é formadora de workshops de stop-motion. O seu mais recente trabalho publicado é a corealização e animação com Leander Meresaar do videoclipe “A Strange Feeling of Existential Angst” dos Sunflowers.
Inês Costa (Viseu, 1998) é mestre em Design da Imagem (2022) e licenciada em Design de Comunicação (2020) pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Designer e artista gráfica, o seu trabalho de pesquisa foca-se sobretudo no papel da imagem na construção de narrativas que compõem a memória coletiva portuguesa, através do cruzamento do design e de suas práticas artísticas, problematizando a imagem enquanto ferramenta de linguagem e de ação sócio-política. Foi vencedora do Prémio de Aquisição da FBAUP com a curta-metragem Toque (2020) e do prémio de Melhor Filme de Produção Local no festival Vista Curta, com a curta-metragem Amélia (2021). O seu trabalho fez parte da seleção oficial de festivais como Curtas Vila do Conde, Vista Curta, Entre Olhares e Porto/Post/Doc e IndieLisboa. É artista convidada no projeto GAGE – Game Art Gender Equality apoiado pelo ITI/LARSyS e faz parte dos artistas selecionados para o projeto de residência de investigação artística MANIFEST, co-criado pela Comissão Europeia, ao abrigo do Programa Europa Criativa.
Durante este evento, a comunidade escolar que se envolveu nas atividades do FRAME ao longo do último ano tem a oportunidade de testemunhar o resultado do trabalho árduo dos talentosos alunos das escolas que se juntaram ao CINANIMA nesta caminha no cinema de animação. Após meses de dedicação, aprendizagem, elaboração de storyboards, criação de personagens e cenários, captura de imagens e som, e edição meticulosa, deliciamos a comunidade com quatro filmes criados através da técnica de stop motion.
E quem disse que as crianças não podem ser júris? No CINANIMA, elas têm voz ativa! Através da atividade “Eu Sou Júri“, um grupo de alunos tem a oportunidade privilegiada de explorar e avaliar filmes do Grande Panorama Internacional.
Esta celebração acontece na Sala António Gaio, no Centro Multimeios de Espinho.
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